terça-feira, 19 de maio de 2009

Quem se lixa?

Quem se lixa?

José Fortaleza

 

            Eu convido caríssimo leitor, a conjugarmos juntos, o verbo lixar... Não o lixar de lixar paredes, por exemplo. Eu digo o lixar do deputado Moraes. Ou melhor, de todos os deputados, senadores, vereadores enfim, representantes do povo que não estão nem ai para este que os elege. Mas este povo também nem se lixa para aqueles. Afinal, como disse o deputado Morais “a gente (políticos) se reelege”. Então existe um contrato implícito entre a sociedade e os políticos: ninguém se lixa com ninguém. Pronto! Você nos elege e não nos pertuba durante os quatro anos de mandato. Em troca, nós usamos e abusamos do vosso dinheiro, atrasamos o desenvolvimento do país, não desempenhamos o nosso papel e se você disser alguma coisa através da imprensa, não nos lixamos. Ai fica tudo bem, certo? Como os meninos da turma da professora Simone de Lagoa Grande, município de São Pedro, interior do Rio Grande do Norte responderia... ceeeerrrrrtoooo!!!!

           

O amor cafajeste

 

            O amor tem várias faces. Ele pode se configurar em algo sublime ou em algo diabólico. Vai depender do portador.

            O amor que ilumina a vida, dar brilho aos olhos, deixa o coração palpitando, o suor frio, a boca seca, o desejo ardente... Este amor que faz a gente se lixar pelo outro. Não deve ser o amor que o deputado morais tem pelo povo que o elege. O amor verdadeiro cria o desejo de cuidar do ser amado, de vê-lo bem, de proporcioná-lo bem-estar. O amor do deputado Morais não tem nada a ver com isso. Ele só ama o dinheiro, as benesses do poder, os conchavos por debaixo dos panos – não os lençóis macios onde os amantes se dão como diria Roberto Carlos.

            Precisamos, nós brasileiros nos amarmos mais, amarmos nosso país e cuidarmos dele dando-lhe melhores gestores. Vamos amar o ato de votar, amar cobrar mais responsabilidade dos políticos, amar nossos direitos.

            Se não nos valorizarmos, só conseguiremos ter o amor de cafajestes, como o deputado Morais. 

Mares de lama

Mares de Lama

 

 

            Vi outro dia num noticiário da TV, uma senhora desesperada por ter perdido tudo na lama que desceu no vale que do rio que banha sua cidade, no interior do Maranhão. É muito triste ver o desespero de alguém que luta dia após dia pela sobrevivência e de repente ver tudo ser arrastado pela lama.

            No mesmo noticiário, vi um parlamentar desesperado por ter perdido alguma coisa por causa da lama também. Mas no caso dele eu não senti compaixão ou o desejo de que ele superasse com fé em Deus, aquele momento tão difícil. Eu senti raiva. A lama que ilustríssimo parlamentar estava atolado era a dos gastos sem limites que nossos representantes insistem em debitar na nossa conta. Aí, de supetão eu vi três caras do Brasil. A cara do sofrimento (flagelada), a de pau (deputado) e a de palhaço (eu).

            Enquanto co-existir estas faces na sociedade brasileira não teremos justiça social.

            O mal maior reside no rio de lama que corre perenemente no planalto e que tem seus afluentes em todos os recantos deste país. 

terça-feira, 31 de março de 2009

E as águas de março fecharam o verão

Meus amigos, março acabou e com ele, alem do verão, o nosso Congresso cavou mais alguns palmos do poço que parece não ter fim. Não vamos citar a Câmara para nos ater somente ao Senado e vamos ver que lá teve Diretor que escondeu da receita federal uma mansão de 5 milhões de reais. O cara ganha R$ 16 mil e mora numa casa de 5 milhões (não declarava a dita-cuja, evidentemente, pois não tinha renda para tal luxo). Antes disso, teve o lance do pagamento de horas extras aos acessores dos ilustres senadores. Bem, os referidos serões foram feitos justamente no período de recesso parlamentar. Agora me digam. No bolso de quem realmente foi parar esta grana? Cargos de direção descobriu-se agora, existe ali 181. É diretor pra tudo que é coisa que você possa imaginar. Mas seja lá o que você imaginar, não será páreo para a imaginação dos nossos ilustres representantes que imaginaram diretoria de coisas do tipo "diretor de garagem" ou se fosse na rua seria mais conhecido como flanelinha. Porém ganhando seu milhares de reais que em grande parte irá cair no bolso de quem? Abro um parêntese só para dizer que lá na câmara, o irmão do diretor da mansão que é deputado, deu um cargo para um sujeito que nunca apertou sequer a ilustre mão parlamentar de Vossa Exelência, mas ganha o seu quinhãozinho, graças a um pedido do seu tio prefeito do interior do RN.
Bem, voltando ao senado, teve também o caso de outro diretor que não sei porquê tem direito a um imóvel funcional. Ele não achou o imóvel ao seu nível e foi morar em um maior, dentro do seu padrão salarial, tudo bem! Porém, não devolvel o nosso imóvel, se achou dono e nele instalava os filhos para acolher mulheres, vejam só uma coisa dessas?
Ai teve o Senador do PT, outrora dono da ética política, que fez a caridade de emprestar o celular funcional para sua filha que foi dar um giro no México. Ligava de instante em instante para dar notícias ao papi, a mami e as amigas de qual saborosa estava sua viagem. A conta foi tão grande, pasmem, que o senador pediu um empréstimo para pagar a conta. Mas ele só fez isso, porquê a informação vasou, senão quem iria pagar seriamos nós mesmos, como sempre! Fico imaginando quantas vezes ele e os outros senadores vizeram coisas deste tipo e ficou por isso mesmo.
Agora mesmo, neste 31 de março, o senado contratou uma empresa para fazer a manutenção dos microfones ao custo de mais de R$ 1.000,00 por dia. Isso tendo gente lá que já recebe para isso.
Bem, 1º de abril é amanhã, então infelizmente tudo que eu falei aqui é verdade. 

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Visitem São Pedro

Ontem, recebi o primeiro repúdio público a esta minha tese de combate a este poder legislativo que está ai constituido. Foi numa aula onde cada um de nós, como numa redação de um jornal, iria definir uma pauta para reportagem. Sugeri que minha pauta seria justamente questionar a utilidade do poder legislativo nos dias atuais. Provocar os leitores a reflexão a cerca do papel que eles podem exercer dentro da sociedade, ou seja, um papel mais ativo, sem representantes que não os representam em nada. Pois bem, a professora muito simpática foi logo dizendo "olha o anarquismo é uma ideologia bem interessante e que prega isso que você esta propondo". Eu disse que não sou anarquista pois não prego o fim dos poderes executivo e judiciário (outro foco de grandes problemas por sinal), apenas quero questionar o poder legislativo pois acho que ele não exerce as funções para as quais foi fundado e está obsoleto. Não adiantou argumentar, pois nem ela nem os meus colegas, principalmente uma colega bacharel em Direito não entenderam nada. Porém fui convencido a mudar de idéia diante do fato de que o tema demandaria muito espaço no jornal o que inviabilizaria o trabalho que era meramente acadêmico. Então, fui tratar de algo mais pitoresco. Tratei do Monte de Santana no municipio de São Pedro, 55 Km de Natal. Como também sou turismólogo, o pessoal da prefeitura de lá, me pediu um projeto para alavancar as visitações ao seu principal ponto turístico. Aproveito então e convido a todos, visitem São Pedro.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Como seria? (parte 2)

Bem, como já disse, todo mundo (ou quase, mas breve será 100%) está plugado, e portanto inserido no sistema. Pode ainda não estar apto a atuar. Mas tem os meios para tornar-se, seja por impulso pessoal (o estimulo seria a sua participação direta) ou através das mais diversas entidades que estão hoje disponíveis para ajudar como escolas, sindicatos, mídia, etc. 
Não teríamos apenas essa forma de participação. Além dela, podemos aproveitar toda a estrutura física que existe no congresso, nas assembleias legislativas e câmaras de vereadores e termos ali também um grupo de pessoas discutindo os interesses da nação. De que forma? Todos nós hoje, de uma forma ou de outra, está vinculado à alguma entidade. Pode ser um sindicato, uma associação, uma federação, etc. Estas por sua vez, se organizam da base que pode ser um bairro, um município, uma região e tal. Dai, estas entidades são associadas a outras em um nível mais elevado, até chegar a um órgão de representação nacional. Exemplos: OAB, CNI, CUT, CFM, CONTAG. Pronto, cada entidade dessas representa claramente uma linha de pensamento, interesses e afinidades entre seus membros. Então, dentro de determinados critérios e rígida fiscalização de seus processos de escolha interna, cada entidade teria direito a um assento no "Novo Congresso". Mas ai vem um detalhe importante. Cada entidade seria responsável pela manutenção de seu representante na casa, ou seja, pagaria uma espécie de aluguel a União para que possa usufruir de sala no congresso. Também seria por conta de cada entidade, o pagamento e manutenção da estrutura posta a disposição do congressista tais como pessoal, telefone, material de consumo, etc. Ou seja, custo zero para o Governo. Eles estariam lá não para dar a palavra final sobre as Leis, isso seria atribuição de cada um dos brasileiros interessados. Eles estariam lá para fomentar o debate sobre os mais diversos temas. Iriam claro, propor leis. Mas elas teriam que passar pelo crivo da população. Teriam também a atribuição de ser mais um órgão fiscalizador do poder executivo. Portanto, tirariamos o peso de sustentar milhares de parasitas, e põe parasitas nesta conta. Não são apenas os deputados, senadores e vereadores que damos a boquinha não. Além deles, existe uma vasta horda de assessores e puxa-sacos. Além desses, tem os que são colocados nos orgãos públicos. Estes além do prejuizo com seus salários e benefícios, ainda nos faz arcar com a sua falta de qualificação para exercer o cargo e o uso malvado do poder que lhe foi dado para praticar atos de corrupção.
Este último, foi o motivo principal da rejeição popular a proposta de mais 7 mil e tantos vereadores, pois ao contrário do que os nossos digníssimos parlamentares tentaram nos enganar dizendo que não haveria aumento de despesa com as novas composições das câmaras, todos nós sabemos que cada vereador desses significa vários contra-cheques e repasses de suas respectivas prefeituras, pois são os prefeitos vítimas das mais diversas formas chantagens. 

Como seria?

Então vem a questão. Como sería feito o papel que hoje deveria ser do congresso, das assembléias e câmaras de veradores? Bem, como sabemos, estas instituições não estão desempenhando o papel para que foram criadas. O básico é, criar as leis e fiscalizar o poder executivo. Balela, eles não fazem isso. Então, quem faria. NÓS é claro. Como? Temos a nossa disposição a tecnologia necessária para nos informarmos e darmos as nossas opiniões. Através da internet, qualquer cidadão poderia propor alguma lei, dar seu voto, aprovar orçamentos, etc. Ai dirão: "Mas apenas uma minoria tem acesso a esses meios". De jeito nenhum. A maioria tem acesso a tecnologia, seja através de computador em casa, no trabalho ou em lan houses. Celular é um item quase que universal. Segundo os últimos dados da ANATEL, já são mais de 150 milhões de aparelhos. Sem contar que o acesso a uma conta bancária é quase que uma obrigação para qualquer pessoa, seja para receber um benefício do INSS, seja para fazer um empréstimo consignado ou para receber as bolsas assistenciais do governo. Então, de uma forma ou de outra, o brasileiro em todos os níveis, está "plugado" à tecnologia. Claro que os graus de intimidade com os meios varia. Mas o acesso é farto. Então outros dirão:"Mas o nível eduacional do povo não permite que ele seja ativo neste sistema". Ora, ele hoje não vota? Ele não "escolhe" seus representantes? Conforme estamos vendo, não sabem fazer isso direito. E nem estão interessados em fazer isso direito, pois votam apenas por obrigação e necessidades pessoais que variam de R$ 10,00 no dia da eleição, a um emprego em algum órgão público se o seu candidato for vitorioso. Então, estas pessoas não nos interessam. Que elas fiquem fora do jogo. Mas, a partir do momento que as pessoas perceberem que realmente tem o poder de decidir, elas irão atrás de se qualificar para poder participar efetivamente.

Não precisamos ser representados

Meus amigos brasileiros, a pergunta em questão é fácil de ser respondida. Congresso pra quê? Para nós não serve para absolutamente nada de útil. A serventia desta instituição caduca está apenas para uma minoria, que se beneficia dos recursos da nação para bancar suas vidas luxo e lixo. Nós, que pagamos a conta, ficamos estupefatos com a capacidade que aqueles cidadãos possuem de criar mecanismos que os favorecem. Eles são bons nisso como mostrou o caso dos mais de 7.000 vereadores que eles aprovaram em tempo recorde, votando inclusive durante a madrugada. Quando a coisa é favor do povo, as propostas ficam perdidas nas gavetas das várias comissões. Chegou a hora de nos unirmos e substiuirmos essa gang. Ai você pergunta, o que vamos colocar no lugar deles. Eu respondo, O POVO. Hoje nós já dispomos de tecnologia para tornar cada cidadão um membro ativo da democracia. Não precisamos de representantes que não nos representam. As prioridades deles são os seus próprios interesses, os interesses da corja que os redeia e os interesses dos que bancaram suas campanhas. Os interesses da população só são atendidos se eles levarem alguma vantagem, seja através de cargos no governo, seja através de porcentagem nos valores repassados para obras e outras artimanhas, pois como já foi dito, quando o negócio é para o benefício deles, são de uma agilidade e criatividade surpreendentes.